Esta quarta-feira, 12, poderá se tornar um marco para a ciência espacial. Aproximadamente, às 14h, pelo horário de Brasília, o módulo europeu Philae deverá estar chegando ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, a mais de 500 milhões de quilômetros da Terra, para cumprir sua missão de estudo da composição química do astro. Será a primeira vez que um objeto pousará sobre um cometa.
Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), responsável pela iniciativa, a Philae se separou da sonda Rosetta nesta manhã. Após a confirmação do sucesso da operação, cientistas e engenheiros que controlam a missão em Darmstadt, na Alemanha, comemoraram com uma salva de palmas. Agora, o módulo está percorrendo os 22,5 quilômetros finais até o cometa, o que deve acontecer em, aproximadamente, sete horas.
No entanto, um pequeno problema está gerando grande apreensão nos responsáveis pela missão. O Active Descent System (Sistema de Descida Ativa), que facilitaria o pouso do módulo no 67P/Churyumov-Gerasimenko, não está funcionando. O equipamento lança um jato de gás para forçar o módulo ao encontro do astro, diminuindo o risco do Philae bater no solo e voltar para o espaço.
A viagem da Rosetta pelo espaço começou em março de 2004. O veículo espacial seguiu uma trajetória em torno do sol, se aproximando da órbita de Júpiter, voando próximo de Marte e passando perto da Terra por três vezes. Em junho de 2011, a sonda foi colocada em estado de hibernação, com grande parte de seus equipamentos sendo desligados. Um despertador a ativou novamente no dia 20 de janeiro deste ano.