Na reunião extraordinária de quarta-feira, 12, do Conselho de Segurança da ONU sobre a Ucrânia, o representante da Rússia, Aleksander Pankin, declarou que encontros daquela natureza não devem nem podem ser transformados em farsa. Ele se referia aos motivos daquela convocação, as denúncias da OTAN e de Kiev de que tropas e blindados russos estariam avançando em direção ao território ucraniano.
Além de desmentir as denúncias, Pankin afirmou que o Ministério da Defesa da Rússia havia emitido comunicado oficial, na própria quarta-feira, esclarecendo que as manobras militares estavam sendo realizadas exclusivamente dentro do território russo e dali não passariam. Sobre as críticas feitas a Moscou em relação às suas atitudes com a Ucrânia, ele disse que “elas são uma outra incursão de propaganda anti-Rússia com novos floreios”.
Esta foi a 26ª reunião extraordinária do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a Ucrânia. O Secretário-Geral Adjunto das Nações Unidas para assuntos políticos, Jens Toyberg-Frandzen, disse que “a ONU está gravemente preocupada com a possibilidade de um retorno dos combates em grande escala na região controlada pelos rebeldes e pelos grupos separatistas da Ucrânia”. Já o representante diplomático ucraniano, Yuriy Sergueyev, afirmou que "a única razão pela qual a guerra aberta no leste do país não começou ainda deve-se às atitudes do governo da Ucrânia".