O representante da Rússia junto à Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Andrei Kelin, declarou que o seu governo gostaria de obter das autoridades da Holanda maiores esclarecimentos sobre a tragédia com o Boeing 777 da Malaysia Airlines. O avião, que voava de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia, caiu em 17 de julho, na região de Donetsk após se desintegrar.
Um relatório preliminar, elaborado por especialistas holandeses e divulgado no início de setembro, apontou como possível causa da tragédia o impacto sofrido pelo avião ao entrar em contato com um objeto (não especificado) dotado de grande energia. O impacto provocou as mortes de todas as 298 pessoas que estavam a bordo (283 passageiros e 15 tripulantes).
A Holanda, país de origem da maior parte das vítimas, tomou a frente das investigações, porém informou que, somente em meados de 2015, poderá apresentar um segundo relatório, desta vez mais específico e conclusivo. Segundo Andrei Kelin, é fundamental para a Rússia obter informações mais concretas sobre as reais causas da tragédia.
O diplomata russo disse ainda na reunião do Conselho da OSCE que os conflitos no sudeste da Ucrânia continuam apesar do acordo de cessar-fogo celebrado em Minsk, em 5 de setembro. O documento foi assinado por representantes dos governos da Ucrânia e de Lugansk e Donetsk, com o acompanhamento de observadores da Rússia e da própria OSCE.