Os resultados intermediários dos testes realizados nos Estados Unidos de uma vacina experimental contra o ebola demonstraram que grandes doses do soro são capazes de provocar no organismo humano uma forte reação imune, sem efeitos colaterais. A conclusão foi anunciada por um informe do Instituto Nacional de Saúde norte-americano.
A companhia de rádio e televisão BBC informa que a vacina, desenvolvida pela companhia GlaxoSmithKline, foi testada em 20 pessoas sadias e maiores de idade. O presidente da empresa, Andrew Witty, disse que “este primeiro sinal é muito inspirador”, mas ressaltou que ainda serão necessárias algumas semanas ou meses antes que se possa dizer que a vacina seja, de fato, um salto na luta contra o vírus.
Os testes da GlaxoSmithKline, iniciados há cerca de dois meses, envolveram quase 200 pessoas dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha, do Mali e da Suíça. Para a fabricação da vacina, foi utilizado um gene virótico tomado do vírus ebola de um chimpanzé. Uma vez que nenhum material infeccionado foi utilizado, as pessoas vacinadas não correram o risco de contrair a doença.
A África, especialmente Guiné, Serra Leoa e Libéria, passam por uma grande epidemia de ebola, com mais de cinco mil vítimas fatais já oficialmente registradas.