O Brasil está celebrando nesta quinta-feira, 20, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Mais de mil cidades do país oficializaram a data como feriado municipal. A homenagem marca o aniversário de morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares, tenso sido incluída no calendário escolar nacional em 2003, mas apenas em 2011 a Lei Federal 12.519 a instituiu oficialmente.
Segundo a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) em alguns estados, como no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e em Alagoas, a data é regulada também por leis estaduais, que garantem o feriado em todos os municípios da unidade federativa. Já em outros, como no Acre, Piauí, Pará, Rondônia e Ceará, o 20 de novembro não é feriado em nenhuma cidade do estado.
Nascido na Capitania de Pernambuco, na Serra da Barriga, região hoje pertencente ao município de União dos Palmares, em Alagoas, em 1655, Zumbi foi o último líder do maior quilombo do período colonial brasileiro, em Palmares. No seu auge, esse território, que servia de refúgio para escravos negros que haviam escapado de diversas fazendas, senzalas e prisões do país, chegou a abrigar 30 mil pessoas e a ocupar uma área do tamanho de Portugal.
No entanto, depois de anos desafiando a autoridade da Coroa Portuguesa, o líder da resistência negra acabou sendo morto em 1695, tendo sua cabeça cortada e exibida em praça pública no Recife, para servir de exemplo aos outros negros.
Embora muitos estudiosos ainda discutam qual teria sido a verdadeira importância de Zumbi na luta contra a escravidão, esse personagem histórico continua sendo lembrado como um dos principais nomes que inspiraram o Movimento Negro do Brasil, tendo a data de sua morte um significado especial para a reflexão sobre a participação dos negros na sociedade brasileira.