A procuradoria-geral do México enviou para prisões de segurança máxima 11 dos 31 manifestantes que foram presos nos protestos de quinta-feira, 20, contra a inércia do governo na investigação do desaparecimento de 43 estudantes da escola normal rural de Ayotzinapa. Os oito homens e três mulheres detidos foram indiciados por tentativa de homicídio, associação criminosa e motim, após serem acusados de lançarem pedras, coquetéis molotov e fogos de artifício contra policiais que cercavam o palácio presidencial.
O confronto aconteceu horas após o fim da manifestação no Zócalo, praça principal da Cidade do México, na noite de quinta. Os manifestantes foram transferidos para presídios federais em Villa Aldama, a 247 quilômetros da capital, e Tepic, a 740 quilômetros da cidade.
Entre os presos, está o chileno Laurence Maxweel Illabaca, doutorando da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam). Segundo o secretário de governo mexicano, Miguel Ángel Osorio Chong, ele foi um dos mais violentos no confronto. O funcionário afirma que a polícia tem imagens que provam os crimes que teriam sido cometidos pelos manifestantes presos, mas os vídeos ainda não foram revelados ao público.