A equipe suíça de tênis conquistou no último final de semana o seu primeiro título da Copa Davis, ao bater a França, em Lille, por 3 a 1. A grande decisão do torneio foi marcada pela parceria triunfante dos dois principais jogadores suíços em atividade, Roger Federer e Stan Wawrinka, que haviam se desentendido dias antes da final.
A grande dúvida antes do início do confronto era saber como Wawrinka e Federer se comportariam em quadra depois da suposta discussão que os dois teriam protagonizado no vestiário depois da semifinal do ATP Finals, em Londres. Por conta disso, o capitão suíço, Severin Luthi, chegou a dizer que os dois não jogariam em dupla contra os franceses.
No entanto, após uma vitória avassaladora de Gael Monfils sobre Federer, na sexta-feira, 21, empatando o duelo em 1 a 1, já que Wawrinka havia derrotado Jo-Wilfried Tsonga no primeiro jogo, a equipe da Suíça achou melhor ignorar as diferenças entre seus melhores atletas e colocá-los para atuar nas duplas. Atitude que se mostrou decisiva.
Sem demonstrar qualquer rancor ou preocupação com os comentários nos bastidores, no sábado, 22, os semifinalistas do ATP Finals mostraram o seu melhor tênis diante de Richard Gasquet e Julien Benneteau, batendo os franceses por 3 a 0, (6/3, 7/5, 6/4) e colocando a Suíça em grande vantagem.
Para coroar a apresentação e liquidar de vez o confronto, Federer voltou à quadra no domingo, 23, com a missão de vencer Gasquet nas simples e evitar a necessidade de realização da partida decisiva entre Monfils e Wawrinka. O suíço, considerado por muitos o melhor jogador de todos os tempos, não decepcionou. Sem dar chances ao adversário, jogou com a vitalidade de um menino de 33 anos e acabou com o sonho francês de conquistar a Davis pela décima vez, ganhando por 3 a 0 (6/4, 6/2, 6/2).
Antes desse título, o melhor desempenho da Suíça na Copa Davis havia sido em 1992, quando foi derrotada na final pela equipe norte-americana de Andre Agassi, Pete Sampras, Jim Courier e John McEnroe, uma das mais fortes de todos os tempos.